Em plenos tempos de crise mundial, de crise ecológica, de crise financeira generalizada, quando um dos maiores eventos do mundo se propõe a lutar para desmistificar o glamour… Vejo notícias assim:
Nota 10
Salão de móveis de Milão prima pela sobriedade, porque agora o que conta não é mais o conceito luxo, mas a funcionalidade dos produtos, seu comprometimento com o meio ambiente, sua vida útil prolongada.
Nota ZERO!
Jimmi Choo lança bolsa Justine com couro de bezerros (olha que judiação) e Clutch Jasmine, com valores irrisórios: Bolsa a R$ 7.980,00 e Clutch entre os módicos R$ 4.660,00 e 9.980,00…
Enquanto isso no 3° mundo as crianças morrem de fome na Etiópia, no Brasil não tem escola e saúde de qualidade, os Haitianos estão fugindo para o Brasil para se livrar dos escombros e da miséria.
Que tem ricos o suficiente para consumir estes produtos, eu não tenho dúvidas, mas para quê?
Não me conformo de alguma mulher, por mais fútil que seja, ter a coragem de dar 10 mil reais por uma carteira de mão que irá usar duas ou três vezes – no máximo. Onde está a consciência dessas pessoas?
E a jornalista que publica essas notícias? Ela vive de salário de jornalista, ganha uma ou duas bolsas dessas aí apenas para citar no MSN notícias que existe essa aberração.
Essa marca que eu cito acima é uma entre tantas as que afrontam a inteligência e a capacidade de qualquer ser humano trabalhador, que conhece o valor do seu dinheiro com produtos ditos de ‘luxo’… o grande luxo é ter discernimento entre o que é a necessidade e o que é a futilidade, gastar o necessário e realmente dividir com quem mais precisa.
Aposto que muitas brasileiras loucas irão aderir a essa modinha, afinal, quantas Victor Hugo não se vendem? Quantas bolsas Louis Viton?
Eu digo para essas senhoras: Enfie seu cérebro no fundo do bolsinho dessa bolsa! E perca-o.
Já que não usa, ele não irá fazer falta alguma, quem sabe um espaço vazio entra coisa mais interessante do que o consumismo!
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